segunda-feira, 1 de março de 2010

Emília Monteiro e Ellen Oléria são as atrações culturais




As cantoras Emília Monteiro e Ellen Olléria são as atrações culturais do 2º Seminário
Lei Maria da Penha Avaliação e Perspectivas. Imperdível.

Emília Monteiro - 2 de março - 19h
Ellen Oléria - 3 de março - 19h

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Como chegar

O mapa abaixo dá dicas de como chegar ao edifício da Procuradoria Geral da República. Para quem vai de ônibus, a dica é ir para a Rodoviária do Plano Piloto e pegar o ônibus 108.3 (TCB) que vai para o STJ, PGR, TST e Pier 21.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Inscrições no site da ESMPU

As inscrições para o 2º Seminário Lei Maria da Penha: avaliação e perspectivas já podem ser feitas no site da Escola Superior do Ministério Público da União - ESMPU.

O seminário será composto de seis painéis temáticos, cada um apresentado por três especialistas. As perspectivas para a Lei Maria da Penha, a relação da mulher com a mídia, os direitos humanos, as questões trabalhistas e agrárias, a importância da educação para o fim da violência e a questão da mulher negra e indígena no Brasil serão discutidos no seminário. A programação incluirá atividades culturais no fim de cada dia e exibição de um curta-metragem  Raimundo, acorda Raimundo!

 A carga horária total é de 11 horas-aula e as inscrições são gratuitas e estarão abertas até as 18h do dia 25 de fevereiro pelo endereço http://www.esmpu.gov.br/, link “Inscrições”.

Os participantes com frequência total receberão certificado emitido pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU).

PARTICIPE!!!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Confira a programação do Seminário

2 de março de 2010


14h - Abertura solene

Roberto Monteiro Gurgel – Procurador-geral da República
Aparecida Gonçalves - Subsecretária de Monitoramento e Ações Temáticas da Secretaria de Política para as Mulheres
Representantes das entidades realizadoras

14h30 - Painel 1 (Lei Maria da Penha: Avaliação e perspectivas)

Gilda Pereira de Carvalho – PFDC - Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão - Ministério Público Federal
Sandra Gomes de Melo – Delegada Titular da DEAM - Delegacia Especial de Atendimento à Mulher
Ana Cláudia Jaquetto Pereira - Assessora do CFEMEA (Centro Feministra de Estudos e Assessoria)

16h - Painel 2 - A mulher e a mídia

Ana Lúcia Amaral - Procuradora Regional da República na 3ª Região (SP)
Cláudia Santiago – Coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação/RJ
Mel Bleil Gallo – Estudante de Jornalismo / UnB


17h30 - Painel 3 - A mulher e os direitos humanos

Érika Kokay – Deputada Distrital
Jane Nascimento - Líder comunitária -  Rio de Janeiro
Janice Ascari - Procuradora Regional da República na 3ª Região (SP)
Maria Lúcia Fatorelli – Auditoria Cidadã da Dívida Pública

19h - Atividade cultural - Emília Monteiro

3 de março de 2010

13h30 - Exibição de curta metragem
Acorda Raimundo... Acorda - 20' - Direção: João Alfredo - Ibase

14h – Homenagem à Zilda Arns
Com a presença do senador da República Flávio Arns

14h30 - Painel 4 – Importância da educação para o fim da violência

Denise Botelho - Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB)
Laís Cerqueira - Núcleo de Gênero Pró-Mulher do MPDFT
Maria Cecília Paula Silva – Andes/SN

16h – Painel 5 - A mulher e as questões trabalhistas e agrárias no Brasil

Marina dos Santos - Coordenadora do MST
Rosângela Rassy – Presidente do Sinait
Sandra Cureau – Vice-procuradora-geral Eleitoral

17h30 – Painel 6 - A mulher negra e indígena no Brasil

Debora Duprat - Vice-procuradora-geral da República e coordenadora da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (Índios e Minorias)
Léia de Sousa Oliveira - Coordenadora-geral da Fasubra
Tatiana Nascimento – Fórum de Mulheres Negras do DF
Elenir Coroaia - Assistente Social - Funasa

19h - Atividade cultural - Ellen Oléria

Inscreva-se pela internet, na ESMPU, e participe. O evento será realizado no Auditório JK, nos dias 2 e 3 de março

Nos dias 02 e 03 de março a Associação dos Servidores Técnicos em Transporte e Segurança do Ministério Público da União, ASSTTRA e Associação dos Servidores do Ministério Público Federal, ASMPF, realizarão a segunda edição do Seminário Lei Maria da Penha: avaliação e perspectivas. O evento acontecerá no Auditório JK, na Procuradoria Geral da República e propõe-se a discutir violência contra mulheres e algumas especificidades, como a questão da mulher negra, mídia, direitos humanos e questão agrária no Brasil, sob a perspectiva de autoridades do governo e representantes de movimentos sociais. O principal objetivo é enfatizar a importância da criação da lei e traçar metas para alcançar o direito a uma vida livre da violência.


Entre as palestrantes estarão Aparecida Gonçalves, Subsecretária de Monitoramento e Ações Temáticas da Secretaria de Política para as Mulheres , Gilda Pereira de Carvalho, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Laís Cerqueira, Promotora de Justiça do Núcleo Pró-Gênero/MPDFT, Tatiana Nascimento, da diretoria colegiada do Fórum de Mulheres Negras do DF, e Sandra Gomes de Melo, Delegada Titular da DEAM.

Na programação cultural, duas cantoras brasilienses mostrarão seu talento. No dia 2, às 19h, Emília Monteiro apresentará o seu novo show sobre Gonzaguinha. O encerramento ficará por conta da cantora e compositora Ellen Oléria, uma das principais promessas da música brasiliense contemporânea.

A Lei Maria da Penha foi sancionada em 2006 e cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Foi criada a partir da tragédia pessoal da senhora Maria da Penha, vítima de agressões que deixaram marcas profundas em sua alma e corpo e que a fez empenhar-se em uma verdadeira batalha para fazer justiça contra seu agressor.

As inscrições para participar do seminário poderão ser feitas no site www.esmpu.gov.br.

A primeira edição do seminário foi em 2009. Nos moldes do primeiro seminário, realizado em 9 de março de 2009, o evento é uma parceria com diversas entidades, entre elas a PFDC, DEAM/DF, MPDFT, CFEMEA, Fasubra, Sinait, Asmip, Andes, Fórum de Mulheres Negras do DF. O encerramento ficará por conta da cantora e compositora brasiliense Ellen Oléria, uma das principais promessas da música brasiliense contemporânea.

A Lei Maria da Penha foi sancionada em 2006 e cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Foi criada a partir da tragédia pessoal da senhora Maria da Penha, vítima de agressões que deixaram marcas profundas em sua alma e corpo e que a fez empenhar-se em uma verdadeira batalha para fazer justiça contra seu agressor.

As inscrições para participar do seminário poderão ser feitas no site www.esmpu.gov.br.

A primeira edição do seminário foi em 2009. Nos moldes do primeiro seminário, realizado em 9 de março de 2009, o evento é uma parceria com diversas entidades, entre elas a PFDC, DEAM/DF, MPDFT, CFEMEA, Fasubra, Sinait, Asmip, Andes, Fórum de Mulheres Negras do DF.


Local:

Auditório JK - Procuradoria Geral da República - PGR

SAF Sul - Quadra 4 - Conjunto C - Lote 3 - Zona Civico Administrativa – Brasília/DF

Data:

Dias 2 e 3 de março, das 14 às 19h

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Mulheres, e daí?

Todos os anos, há muitos anos, comemoramos o 8 de março. Dia Internacional da Mulher. Comemoramos? Há o que comemorar? Se formos nos ater apenas a todas as matérias veiculadas da imprensa nos dias que antecedem o 8 de março, nos atos e eventos promovidos pelos poderes públicos, nas propagandas das TVs, rádios, jornais e revistas, concluiremos que sim, deve haver muito o que comemorar, afinal tantas palavras e imagens não hão de ser por nada. Essas palavras e imagens contam de mulheres vitoriosas, mulheres bons exemplos, que conseguem ter trabalho, salário digno, ocupam cargos de mando, têm filhos e filhas, fazem exercícios, cuidam da casa, amam e são amadas por seus maridos e são tão livres, mas tão livres, que dão de presente aos seus companheiros no 8 de março calcinhas e sutiãs, como alegremente insinua uma propaganda de uma grande loja de departamento brasileira.

É, nessas palavras e imagens comemora-se a mulher exceção. Tanto a exceção é regra - pois a vida real das mulheres não é assim – quanto a exceção que não foge da regra, mas produz e reproduz o que a dominação impõe que seja uma mulher. A mesma de sempre e por todo o sempre. Que assim seja…

Ou não. Porque há um outro 8 de março, há um outro dia Internacional da Mulher e nesse não há comemorações, mas sim lutas. Não é uma data síntese, uma marca no calendário que resume o que conquistamos, mas um momento símbolo das lutas que travamos todos os dias. Em movimento, nas ações políticas e no fazer da vida cotidiana, em todos os tempos e lugares. Na recusa barulhenta ou silenciosa das opressões e explorações a que estamos submetidas. Movimentos que rasgam as cortinas, derrubam as paredes, explodem os muros que nos aprisionam na invisibilidade do que não somos e de onde querem que estejamos.

Sim, as mulheres em seus movimentos têm mudado muita coisa no mundo. Coisas impensáveis há décadas. Mas não eliminamos da face da terra o que nos oprime, pois derrubar muros e paredes não impede que estes voltem na violência doméstica e sexual, na desigualdade de salários, na falta de emprego, na precariedade dos serviços de saúde, na ausência de terra para plantar e casa para morar, no saneamento inexistente, na falta de verde, na falta de ar, em todos os pratos sem comida, na política que se resume a uma mera gestão da vida como ela é, tentando sufocar as outras tantas possibilidades de poder ser.

Os muros e paredes se refazem com outras cores e artifícios, fingindo-se até de inexistentes, como são essas imagens da “nova mulher” que tudo pode e tudo é, desde que continue sendo um objeto. Ou então nas mesmas cores de sempre, nas mesmas palavras de sempre, desde quando no começo era o verbo. Prova disso é essa tentativa de criar uma CPI do aborto – chamada pelo movimento feminista de “CPI da fogueira”, dado o seu caráter francamente inquisitório – em que homens da igreja, que crêem serem as mulheres oriundas da costela de um homem, se juntam com homens parlamentares que, copiando a perversa defesa da honra que justificou tantas mortes de mulheres, buscam lavar as suas mãos numa suposta defesa da moral e dos bons costumes, da família e do amor.

Assim nós não temos datas para comemorar, mas lutas de resistência e afirmação. Resistência em afirmar que não somos objetos úteis e belos ou pedaços de corpos. Afirmações que resistem à corrente que diz que a história acabou e o futuro é um presente contínuo e repetido. Por fazermos todos os dias tantas e novas histórias, acreditamos e projetamos futuros no presente. Futuros em que os muros e paredes que nos restringem e sufocam não tenham mais chão algum para se fixarem nem material para se refazerem. Um tempo em que o 8 de março seja apenas o dia em que somos quem somos.

E quem somos nós?
Mulheres, e daí?
Sujeitos na vida e corpos inteiros.

Muito prazer!

PS: a Abong não é uma organização de mulheres, mas é parceira em todas as suas lutas. E por ser assim, sabemos que as mulheres sempre falam na primeira pessoa, seja do singular ou do plural.

Fonte: http://www.mulheremidia.org.br/site/2009/03/mulheres-e-dai/